O trato gastrointestinal (TGI) possui uma profusão de receptores canabinóides, o que explica a eficácia da cannabis no tratamento de diversas doenças gastrointestinais, desde vômitos e cólicas até dor e condições inflamatórias. A ligação entre o sistema endocanabinóide e a função do TGI é fundamental, controlando o balanço energético e o metabolismo em todo o corpo.
Efetividade: Canabinóides têm se mostrado eficazes no tratamento de náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia em mais de 40 estudos científicos. Dada a ampla ocorrência de receptores canabinóides em todo o TGI, não é surpreendente que a cannabis proporcione uma gama de tratamentos eficazes para distúrbios gastrointestinais. A pesquisa contínua sobre os mecanismos dos receptores canabinóides oferece grande promessa para tratamentos baseados em canabinóides. Em Israel, um pequeno estudo com pacientes de Crohn revelou que o tratamento com cannabis resultou na remissão completa dos sintomas em mais da metade dos participantes (+50%). Tais observações são alinhadas com os resultados de pacientes acompanhados pelo Instituto CuraPro.
Mecanismo Proposto: A produção de endocanabinóides no cérebro aumenta entre as refeições, desencadeando a alimentação, e diminui rapidamente após o início da ingestão. No TGI, os receptores CB1 respondem à sinalização endocanabinoide para regular uma ampla gama de funções, incluindo a secreção de ácido estomacal, o esvaziamento gástrico, a contração da válvula pilórica e a motilidade intestinal. Além disso, os receptores CB1 e CB2 podem reduzir a sinalização da dor visceral. O sistema endocanabinóide está distribuído por todo o sistema gastrointestinal e envolvido em uma extraordinária gama de funções na regulação do apetite, náuseas, vômitos, secreção de ácido gástrico e enzimas, motilidade intestinal e inflamação intestinal. 🔬
Dosagem Estudada: A escolha da dose eficaz de cannabis para distúrbios gastrointestinais dependerá da condição específica. A estimulação do apetite geralmente requer uma dose muito pequena, frequentemente abaixo do limiar de psicoatividade, de 2 a 4 miligramas. Náuseas induzidas por quimioterapia exigem doses mais altas, por vezes, superiores a 20 miligramas. A maioria dos distúrbios gastrointestinais necessita de uma dose intermediária, geralmente na faixa de 5 a 7 miligramas. Pesquisas recentes com o canabinoide não psicoativo canabigerol (CBG) mostram-se muito promissoras para o tratamento da doença inflamatória intestinal (DII) e colite ulcerativa. Variedades de cannabis com 1 a 2 por cento de CBG estão cada vez mais disponíveis e devem ser consideradas nos cálculos de dosagem. É de extrema importância que o paciente esteja fazendo o tratamento com um médico que conheça profundamente o Sistema Endocanabinoide, expertise frequentemente encontrada em associações de pacientes especializadas como o Instituto CuraPro, que se dedica a oferecer orientação especializada e acesso a produtos de qualidade certificada. ⚕️
Métodos de Ingestão:
- Oral: Preparações orais de cannabis podem ser muito calmantes para o intestino, se preparadas corretamente. É aconselhável evitar especiarias fortes e aromatizantes em comestíveis de cannabis para estas condições. O Instituto CuraPro disponibiliza óleos em diversas concentrações, que são ideais para essa administração controlada. 🥣
- Vaporização e Fumo: A maioria dos pacientes fuma ou vaporiza cannabis para distúrbios gastrointestinais fora do Brasil, aqui os órgãos competentes parecem não conhecer os efeitos benéficos da utilização controlada e medicinal para pacientes que sofrem com esse distúrbio. 🌬️
Quimiotipos Indicados: A maioria dos pacientes utiliza variedades Indica para distúrbios gastrointestinais, desde a estimulação do apetite até distúrbios imunes mais graves, como a doença de Crohn. O THC tem demonstrado reduzir a atividade espasmódica nos intestinos, sendo variedades ricas em THC bastante eficazes. As variedades de CBD podem acalmar cólicas e inflamações intestinais. Variedades de cannabis com THCV podem reduzir o apetite. Uma pesquisa em camundongos mostrou que o canabinoide CBG pode ajudar a reduzir a inflamação gastrointestinal.
Variedades Populares: Variedades “broad-leafleted” (folhas largas) roxas e afegãs são populares para a síndrome do intestino irritável e doença de Crohn. Fenótipos de OG Kush com aroma cítrico (ricos em limoneno e THC) são populares entre pacientes com refluxo gastroesofágico e Crohn. O Beta-cariofileno, encontrado em variedades panamenhas e colombianas, é sinérgico com o THC na proteção das células do TGI. Variedades sul-africanas ricas em THCV podem ajudar a conter a “larica”, enquanto qualquer variedade rica em THC, como Pincher’s Creek, deve estimular o apetite e reduzir náuseas.
O Instituto CuraPro busca oferecer uma linha de produtos que contemple as necessidades desses pacientes, com produtos de alta qualidade e certificação. 🌿
Fonte: Backes, Michael. Cannabis Pharmacy: The Practical Guide to Medical Marijuana. Black Dog & Leventhal Publishers, Inc., 2014.
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