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Seria o canabidiol, a estrela da Cannabis, um maestro na orquestra farmacológica? Ou o THC, Tetrahidrocanabinol? Ou ainda a junção de todos os mais de 150 compostos presentes na maconha, cannabis que juntos podem proporcionar alívio para diversas doenças que afligem os seres humanos por geraçãoes?
Ao longo dos anos, a cannabis tem conquistado curiosos, cientistas e consumidores. Instituto CuraPro é apenas um dos nomes nessa sinfonia, cujo óleo de canabidiol parece deslizar pelas prateleiras tanto quanto pelas pesquisas.

Mas o que acontece nas entrelinhas bioquímicas quando o CBD, THC e demais princípios ativos encontrados na maconha (canabidiol, tetrahidrocanabinol, cbg, cbn, thcv, cbda, etc) decidem fazer parcerias com outros medicamentos? Imagine, um encontro bem-humorado dessas substâncias, onde a cannabis é aquele amiga que, com suas peculiaridades, pode tanto animar a festa medicamentosa quanto silenciosamente “negociar” com outros fármacos sobre quem vai liderar o efeito no corpo humano.

Uma Dança Molecular

Canabidiol

Quando introduzimos canabidiol e demais substâncias presentes na cannabis ao nosso repertório fisiológico, ele não chega desavisado; pelo contrário, trabalha em passos calculados. Esse dançarino molecular influencia a forma como o corpo metaboliza outras substâncias, um fenômeno que cientistas parceiros do Instituto CuraPro e outros lugares estão avidamente explorando.

Canabidiol e suas interações são uma conversa longa e complexa. O fígado é um dos cenários principais dessa conversação, onde enzimas do citocromo P450 (CYP450) são impactadas pelo CBD, THC e demais moléculas medicinais presentes na maconha. Não querendo ser um monopolizador da conversa, mas ele pode inibir algumas dessas enzimas, alterando o ritmo com o qual outros medicamentos “cantam” no corpo.

Interlúdios com Anticoagulantes

Por exemplo, anticoagulantes, que preferem uma valsa estável, podem encontrar no CBD um parceiro que os convida, sem pudores, para uma dança mais empolgada, potencialmente aumentando o risco de sangramento. Os cuidados, portanto, devem ser redobrados.
Entender – sem hipocrisia – como os canabinoides agem no corpo, podem se transformar em grandes aliados para o combate de diversas doenças no século XXI.

O Episódio dos Anticonvulsivantes

Anticonvulsivantes, acostumados a manter os neurônios em compasso, descarregar pesados e indesejados efeitos colaterais, e após certo tempo “desafiarem” não produzindo os efeitos desejados, podem ser surpreendidos. O CBD e o THC podem alterar sua concentração sanguínea, ou seja, mexendo no volume da música até que o efeito esperado seja satisfatório para pacientes com moléstias convulsivas.

A Dupla com Antidepressivos

Antidepressivos, que já trabalham com a complexidade das sinapses, podem encontrar no CBD um dueto que merece atenção. As doses podem ter que ser afinadas para garantir que a melodia do tratamento não vá para notas inesperadas.
Muito embora esteja amplamente comprovada a eficácia no tratamento para depressão, ansiedade, TDAH, transtorno de bipolaridade e outras doenças ligadas ao sistema nervoso, a associação do tratamento com cannabis e os antidepressivos tradicionais precisa de acompanhamento médico especializado para garantir o sucesso desta potente aliada terapêutica.

E os benzodiazepínicos? E os opiáceos?

Benzodiazepínicos e óleo de canabidiol podem tornar a senda neurológica tão descontraída a ponto de provocar uma sedação por demais intensa. Opiáceos, compartilhando o palco, podem potencializar o relaxamento proporcionado pelo CBD, o que exige um maestro cuidadoso no comando.
Os médicos especialistas no sistema endocanabinoide são a chave para os tratamentos prosperarem.
A letra da música: A Dose

A titulação da dose, em termos técnicos, ou seja o ajuste da dose, em linguagem popular, e também a disciplina de se tomar o remédio corretamente, são o principal caminho que os pacientes devem perseguir após iniciarem o tratamento.
O rigor da disciplina das tomadas deve mudar caso a caso, nota por nota, paciente por paciente.

Bula não é Partitura Fixa

Canabidiol

Lembrem-se: a bula não é partitura fixa e o mesmo CBD/THC não atuará igualmente em todos os indivíduos. Temos biografias farmacológicas, histórias clínicas distintas que tornam cada interação medicamentosa do canabidiol uma peça única.

Para não deixar a sala de concertos do organismo em tumulto, é essencial haver um diálogo aberto entre paciente, médico, e por que não, com a cannabis – sempre ávidos para ajustar seu papel na sinfonia.

Em Suma, Caros Leitores

Ah, o óleo de canabidiol! Que não é só um simples óleo, mas sim um provocador bioquímico, um sedutor em potencial de enzimas e receptores.

A moral da história é: antes de incluir o CBD nas suas prescrições diárias, avalie, converse e – com humor e seriedade na medida certa – faça cada interação medicamentosa uma oportunidade para otimizar terapias e, quem sabe, introduzir um novo ritmo à melodia da saúde.

E assim, com a sabedoria de que toda substância tem seu par ideal (ou não), recordemos que o canabidiol continua a ser um convidado intrigante na festa farmacêutica, um que é sempre digno de uma observação atenta e um sorriso de canto, pois suas danças e interações com outros medicamentos são nada menos que uma coreografia digna de atenção.

Agora, você, armado de conhecimento e um bom senso de humor, está melhor preparado para orquestrar essa melodia complexa chamada interações medicamentosas com a cannabis. Que tal começar a afinar seus instrumentos?
Caso você tenha dúvidas – contate o grupo de voluntários do Instituto CuraPro Acolhe Vidas e descubra uma alternativa mais saudável e com muito menos efeitos colaterais dos tratamentos com fármacos tradicionais.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: neste artigo utilizamos a palavra Canabidiol no sentido “latu sensu” nos referindo a cannabis como um todo, então ao ler canabidiol, leia-se cannabis e todas suas substâncias terapêuticas.

Referência:
CBN, disponivel em: https://cbn.globoradio.globo.com/media/audio/364733/e-uma-planta-maravilhosa-um-presente-de-deus-para-.htm

USP, disponivel em: https://jornal.usp.br/tag/canabidiol/